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quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Empréstimos para a compra de casa caem para um terço

Os novos empréstimos para a compra de casa estão a cair de forma abrupta. Um reflexo da maior exigência dos bancos na concessão de crédito, da quebra na confiança dos consumidores. A alternativa está a ser arrendar. Em Janeiro, os novos empréstimos para a compra de casa representaram um terço do montante concedido no mesmo período de 2007.




As instituições financeiras emprestaram, em Janeiro, 553 milhões de euros aos particulares para comprarem casa. Este valor corresponde a um terço do montante concedido no mesmo mês de 2008, altura em que os novos empréstimos ascenderam a 1,52 mil milhões de euros, segundo os dados do Banco de Portugal. O valor dos financiamentos realizados em Janeiro é o mais baixo desde o início de 2003, últimos dados disponibilizados nas estatísticas.



A travagem na concessão de empréstimos é geral. O crédito às famílias cresceu a um ritmo anual de 3,6%, o valor mais baixo desde 2004. E compara com os aumentos superiores a 10% verificados no final de 2007 e início de 2008.



São vários os factores que podem justificar esta travagem nos financiamentos. Entre eles, destaca-se o aperto nas condições exigidas pelos bancos para emprestar e uma maior cautela por parte das famílias. Factores que estão a contribuir para um aumento do arrendamento, em detrimento da aquisição de casa.



"Os bancos estão mais exigentes e mais selectivos, e quando aprovam os pedidos de financiamento pedem, muitas vezes, 15% a 20% da avaliação", afirmou ao Negócios Luís Mário Nunes, director-geral da rede imobiliária Comprar Casa. "O consumidor começa a ter uma apetência maior para o arrendamento", diz. Também os proprietários começam "a colocar o seu imóvel no mercado de arrendamento", numa altura em que está a ser mais difícil vender casas.



Segundo os dados da Confidencial Imobiliário, os preços dos imóveis estão em queda. Ricardo Guimarães, director da consultora, revela que o índice de preços das casas está a ter um comportamento de descida desde Setembro. Este é um dos factores que estão a contribuir para que haja "uma maior propensão" para o arrendamento.



"O arrendamento teve um peso de 26%" nos negócios realizados nos últimos dois meses do ano passado, uma evolução que se mantém nestes primeiros meses do ano, afirmou Luís Mário Nunes. Estes números comparam com um peso de 7% a 8%, em 2007. O responsável da Comprar Casa acrescentou que se está assistir ao crescimento de um novo fenómeno: "realização de contratos de arrendamento com opção de compra."



"Há uma retracção das vendas no mercado imobiliário, que se estima que tenha sido na ordem dos 17% em 2008, e que tem como principal razão o decréscimo na concessão de crédito", revela fonte oficial da Remax. Segundo a marca líder na compra e venda de habitação em Portugal, "há claramente uma faixa de consumidores que, por não conseguir aceder ao crédito, ou por não ter conseguido cumprir com as suas obrigações à banca, não tem outro recurso senão recorrer ao arrendamento".



No ano passado, o arrendamento na rede da Remax cresceu 48% face ao ano de 2007.

A bolsa nacional terminou hoje a quarta sessão consecutiva de ganhos

A bolsa nacional terminou hoje a quarta sessão consecutiva de ganhos, atingindo o valor mais elevado desde inícios de Setembro do ano passado. O índice português negociou em sintonia com os principais pares europeus, num dia em que a Brisa e o Banco Espírito Santo (BES) foram os títulos que mais contribuíram para o seu comportamento.




O PSI-20 ganhou 1,12% para os 8.745,10 pontos, numa sessão em que 18 cotadas avançaram e as restantes duas recuaram. EDP, Brisa, Semapa e Mota-Engil tocaram no valor mais elevado em mais de um ano. Foram negociados na sessão de hoje mais de 54 milhões de acções.



A Alcoa deu ontem o “pontapé de saída” na época de apresentação de resultados do terceiro trimestre e surpreendeu pela positiva ao divulgar os primeiros lucros trimestrais num ano, quando o consenso dos analistas esperava prejuízos.



Também a notícia de que o número de novos pedidos de subsídio de desemprego atingiu o nível mais baixo desde Janeiro nos Estados Unidos contribuiu para o optimismo dos investidores que levou os índices do Velho Continente a avançar pela quarta sessão.



“A praça de Lisboa não é indiferente ao sentimento de euforia e optimismo que está a tomar conta dos investidores”, explicou ao Negócios um operador que preferiu não ser identificado. O PSI-20 completou o quarto dia de subidas, acumulando um ganho de 4,7%.



O mesmo operador contactado acrescentou que “o sector das infra-estruturas foi hoje, como em algumas das últimas sessões, o principal responsável pelo comportamento do mercado nacional, nomeadamente a Brisa, Mota-Engil e Semapa, entre outras”.



A concessionária de auto-estradas foi mesmo o título que mais impulsionou o índice nacional ao ganhar 4,41% para os 7,11 euros, depois de ter tocado no valor mais elevado desde Outubro de 2008 nos 7,231 euros.



A construtora liderada por Jorge Coelho, que esta semana já valorizou mais de 15%, terminou a sessão de hoje a cotar nos 4,28 euros, com uma valorização de 3,13%. A Mota-Engil tocou nos 4,39 euros, um máximo desde Junho de 2008. Segundo um operador contactado, a empresa “continua a beneficiar do resultado das eleições legislativas que deverá beneficiar a sua actividade”.



Mais de 3% também apreciou a Semapa, que chegou a estar a valorizar 9,5% tendo tocado num máximo desde Junho do ano passado nos 8,946 euros. A companhia liderada por Pedro Queiroz Pereira somou 3,21% para os 8,432 euros, enquanto a Portucel ganhou 0,97% e a Altri avançou 0,44%.



O sector financeiro também contribuiu para o saldo positivo da bolsa de Lisboa. O BES foi aquele que registou a subida mais acentuada (1,77%) cotando nos 5,18 euros. O Banco Comercial Português (BCP) avançou 1,48% para os 1,028 euros, enquanto o BPI somou 1,59% para transaccionar nos 2,43 euros.



O banco liderado por Fernando Ulrich apresenta os seus resultados no próximo dia 22 de Outubro. As estimativas do Espírito Santo Equity Research apontam para que a instituição divulgue um resultado líquido de 40 milhões de euros no final de Setembro, o que representará um aumento de 57% face a igual período do ano passado.



O índice europeu Dow Jones Stoxx para a banca seguia a valorizar 0,92%.



No campo das energias, a Galp Energia liderava o movimento ao apreciar 1,36% para os 11,96 euros, num dia de ganhos para os preços do petróleo nos mercados internacionais. A Energias de Portugal (EDP) apreciava 0,63% para os 3,20 euros, o valor mais elevado desde Setembro de 2008, e a Redes Energéticas Nacionais (REN) ganhava 0,91% para os 2,992 euros.



No dia em que Ana Maria Fernandes, presidente executiva da EDP Renováveis, afirmou em entrevista à agência Reuters que a mais recente estimativa da companhia para os apoios que receberá nos Estados Unidos através da Horizon aponta para uma verba de 400 milhões de dólares relativa aos projectos já concluídos no primeiro semestre e aos que serão concluídos até final do ano, o título avançou 0,34% para os 7,485 euros.



Do lado das quedas, destaque para a Portugal Telecom que cedeu 0,65% para os 7,755 euros, a corrigir dos ganhos acumulados em sessões recentes quando beneficiou de notas de investimento positivas e a Sonaecom caiu 0,15% para os 2,037 euros.



Fora do PSI-20, a Martifer, que se encontra em "roadshow" nos Estados Unidos, a convite do Espírito Santo Investment, disparou 7,67% para os 3,93 euros. A impulsionar o título esteve o optimismo do CFO, Mário Couto, que afirmou à Reuters já sentir os efeitos da retoma económica no seu 'core business' da construção metálica, que já tem uma carteira de encomendas confortável para os próximos 10 meses.

Expansão do Guimarães Shopping 100% comercializada

A expansão do GuimarãesShopping, que acaba de ser inaugurado, tem 100% de área colocada, de acordo com a Sonae Sierra, promotora do projecto.


Com um investimento de 15,2 milhões de euros, o centro comercial viu a sua área bruta locável aumentada em 4.000 m², totalizando 31.500 m². O Guimarães Shopping dispõe agora de 113 lojas, o que representa um reforço da variedade da oferta com 14 novas marcas e 6 novos restaurantes. Já está aberta ao público a nova praça da alimentação que contará com um total de 16 espaços de restauração. Este novo espaço terá, entre outras insígnias, a Vitaminas, Quasi Pronti, Aki há Sopas, McDonald’s, Pizza Hut, Docelândia e o Miki Gourmet, um novo conceito de sushi a abrir brevemente. Entre as novas marcas do GuimarãeShopping destaca-se a FNAC – a grande novidade na cidade –, com abertura prevista para Novembro, e que se vem juntar ao Modelo Continente Hipermercado, C&A, Sportzone, Worten cinemas Castello Lopes, Massimo Dutti, Salsa, Pull&Bear, Multiopticas, Springfield, Mango, Perfumes & Companhia, Benetton entre outras. Recorde-se que o projecto de expansão arrancou em Março deste ano, e teve como objectivo a revitalização do GuimarãeShopping, assinalando os 14 anos de existência deste centro. O sucesso da comercialização das novas lojas atesta as reconhecidas qualidades e o êxito comercial deste centro, como demonstrado nas suas 8,8 milhões de visitas anuais, e num volume de vendas anual que ascende a 52,4 milhões de euros. Este processo de expansão permitiu ainda a criação de 290 novos postos de trabalho, a somar aos 1018 já existentes.

APEMIP leva imobiliário português à Rússia

A APEMIP, Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal vai estar presente no Inforeal – International Real Estate Forum, que se realiza na cidade russa de São Petersburgo de 1 a 4 de Outubro, tendo sido convidada a apresentar neste encontro, subordinado ao tema “The Overseas Property”, uma panorâmica sobre a realidade do mercado imobiliário português.


Na ocasião, a APEMIP assinará um importante protocolo de parceria e cooperação com a RGR – Russian Guild of Realtors, associação homóloga da APEMIP, representada por Kanukhin Sergey, seu presidente. O acordo permitirá às empresas associadas de ambas as instituições um intercâmbio de informações actualizadas e fidedignas sobre o estado do sector imobiliário dos dois países. Este conhecimento é importante para cimentar estratégias de internacionalização do mercado imobiliário português, um mercado que, pela força da conjuntura financeira internacional, começa a ensaiar-se noutros países, especialmente entre os chamados BRIC - como são conhecidas as mais significativas economias emergentes, segundo a associação portuguesa. Luís Carvalho Lima, presidente da APEMIP chefia a delegação portuguesa à feira de São Petersburgo e lembra que a “presença de Portugal em encontros como o Inforeal é muito importante para o sector da construção e do imobiliário, pois projecta a nossa oferta competitiva junto de quem se mostra interessado em investir”.

Casas usadas desvalorizam 2,4% desde o início da crise

Desde Setembro do ano passo, o Índice Confidencial Imobiliário para o Continente desvalorizou 1,8%, sendo essa descida de 1,0% no caso da habitação nova e de 2,4% nos fogos usados. De acordo com este indicador, que afere a valorização da habitação em Portugal, a recuperação que havia sido iniciada em Maio e Junho, depois de os meses antecedentes de 2009 exibirem variações mensais negativas, voltou a ser interrompida em Julho.


Neste mês, a valorização mensal da habitação em Portugal Continental caiu 0,5%, sendo mesmo a maior queda sentida em 2009. Os alojamentos novos estiveram sujeitos a uma desvalorização mais forte (de -0,7%), enquanto, nos usados, a variação mensal foi de -0,3% face ao mês anterior. Na Área Metropolitana de Lisboa (AML), o comportamento foi semelhante ao verificado para o total do mercado em Portugal Continental, embora o ritmo de desvalorização tenha sido menos acentuado. Assim, em Julho a desvalorização mensal da habitação na AML foi de -0,3%, contra os 0,6% de crescimento verificados no mês anterior. No caso do fogos novos, esta variação mensal ficou-se pelos -0,2%, enquanto que nos usados, foi de -0,3% no mesmo mês.

Euribor a seis meses mantém-se após três sessões de quedas

A Euribor a seis meses manteve-se inalterada hoje, após três sessões consecutivas de quedas. Desta forma, a Euribor a seis meses, mais usada nos créditos à habitação, encontra-se nos 1,010%. Já o prazo a três meses, usado como referência nos créditos às empresas, caiu para os 0,740%. A maturidade a 12 meses recuou para os 1,225%. Apesar de as Euribor tenham atingido mínimos históricos ao longo deste ano, tudo aponta para que no inicio de 2010 as maturidades estabilizem, caminhando para valores superiores de referência do Banco Central Europeu (BCE) que está em 1%.


De referir ainda que as Euribor costumam seguir a taxa de juro de referência do Banco Central Europeu e influenciam directamente a prestação da casa das famílias e o custo dos empréstimos dos bancos às empresas.