A crise obriga as famílias a repensarem a importância de um fundo de maneio, mas há aplicações, como as de taxa fixa, que na actual conjuntura não são recomendáveis, segundo a Deco.
Após anos em queda, a poupança das famílias portuguesas voltou a subir este ano, numa tendência inversa à do consumo. A conjuntura económica a isso obrigou, mas pôr dinheiro de lado também obriga a uma escolha e gestão cuidada.
Na semana em que se comemora o Dia Mundial da Poupança (31 de Outubro), a Deco explica que, na actual conjuntura, há aplicações que são desaconselháveis. O primeiro alerta do economista João Sousa vai para os produtos de taxa fixa e de remuneração crescente.
"Alguns destes produtos apresentam-se a longo prazo, a cinco anos e mais, com uma liquidez [possibilidade de voltar a ter o dinheiro disponível de um dia para o outro sem custos acrescidos] reduzida.
Para além disso, os rendimentos oferecidos não são, na maior parte das vezes, interessantes porque as taxas mais favoráveis ficam para o final do período, ou seja no último trimestre, por exemplo, dos cinco anos, e nesta conjunta em que se espera que haja uma inversão das taxas de juro variáveis [as euribor devem subir em 2010], talvez não seja o período indicado para que as pessoas se comprometam com produtos de taxa fixa a longo prazo".
Pior que isso, na opinião da Deco, são alguns produtos financeiros mais complexos que os bancos também propõem como alternativa aos depósitos a prazo, por terem, à partida, taxas de rentabilidade mais altas.
"Com estes produtos também é preciso ter muito cuidado, porque muitas vezes a informação não é de fácil análise", diz o economista, fazendo alusão a alguns produtos e depósitos estruturados, cujos juros normalmente dependem da evolução de um activo subjacente, que pode ser um índice ou um cabaz de acções, por exemplo.
"Há vários tipos e são muitos os produtos que os bancos comercializam hoje em dia. Há que ter cuidado porque às vezes o que parece não é", sublinha.
Ainda assim, no caso de o consumidor ficar tentado com alguma destas ofertas, a primeira coisa que este responsável recomenda "é ver se o produto tem o capital mínimo garantido". Depois, há que ver "até que ponto as estimativas de rendimento avançadas são ou não realistas, porque na maior parte dos casos são um valor que só é alcançável bem lá à frente (do prazo) e que normalmente só em condições extremamente difíceis ocorrem. Portanto são juros que têm uma probabilidade muito reduzida de se tornarem realidade".
A Deco diz que faz a análise destes produtos sempre que eles são lançados pela banca e, normalmente, "os cálculos de probabilidade desses rendimentos são muitas vezes perto de zero. O rendimento é, na maioria dos casos, muito baixo e muito inferior àquele máximo que é anunciado", sublinha João Sousa.
"Nos produtos estruturados o risco maior é perceber muitas vezes a que é que aquele produto corresponde. Muitas vezes é vendido com uma embalagem - as campanhas de publicidade realçam os aspectos mais positivos - que depois fica muito aquém", conclui.
Fonte: Economico
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
"Até na Casa Branca se consome cocaína", diz Chávez
Os EUA facilitam o tráfico de drogas para evitar que milhões de norte-americanos enlouqueçam, já que o nível de viciados é tal que até na Casa Branca se consome cocaína, acusou o presidente venezuelano, Hugo Chávez.
Washington critica a Venezuela por afirmar que o país não faz o bastante para combater o narcotráfico desde que o governo de Caracas suspendeu em 2005 um acordo de cooperação com a DEA (agência antinarcóticos norte-americana), acusando os seus agentes de espionagem.
Para Chávez, no entanto, a causa do problema está na alta procura do Norte e não nos países produtores.
"Se isso for cortado, [a droga aos norte-americanos] ficarão loucos, essa sociedade vai explodir. Eles vêem a droga como uma necessidade, um consumo necessário para manter as pessoas normais, uma conduta aparentemente normal", disse Chávez na televisão estatal do país, acrescentando que "até na Casa Branca se consome cocaína".
Um estudo feito por investigadores da Universidade de Massachusetts mostrou em Agosto que entre 85 e 90% das notas em circulação nos EUA e no Canadá tinham traços de cocaína, 20% a mais do que um teste similar feito em 2007.
Chávez voltou a criticar o acordo entre Bogotá e Washington para aumentar a cooperação militar no combate ao narcotráfico e às guerrilhas de esquerda.
"Está mais que provado que 80% da droga na Colômbia saiu de lá pelo Pacífico e aí estão os porta-aviões ianques... O que os ianques fazem é propiciar o narcotráfico e cuidar dele", disse. "Essa é a verdade verdadeira."
Fonte: Economico
Washington critica a Venezuela por afirmar que o país não faz o bastante para combater o narcotráfico desde que o governo de Caracas suspendeu em 2005 um acordo de cooperação com a DEA (agência antinarcóticos norte-americana), acusando os seus agentes de espionagem.
Para Chávez, no entanto, a causa do problema está na alta procura do Norte e não nos países produtores.
"Se isso for cortado, [a droga aos norte-americanos] ficarão loucos, essa sociedade vai explodir. Eles vêem a droga como uma necessidade, um consumo necessário para manter as pessoas normais, uma conduta aparentemente normal", disse Chávez na televisão estatal do país, acrescentando que "até na Casa Branca se consome cocaína".
Um estudo feito por investigadores da Universidade de Massachusetts mostrou em Agosto que entre 85 e 90% das notas em circulação nos EUA e no Canadá tinham traços de cocaína, 20% a mais do que um teste similar feito em 2007.
Chávez voltou a criticar o acordo entre Bogotá e Washington para aumentar a cooperação militar no combate ao narcotráfico e às guerrilhas de esquerda.
"Está mais que provado que 80% da droga na Colômbia saiu de lá pelo Pacífico e aí estão os porta-aviões ianques... O que os ianques fazem é propiciar o narcotráfico e cuidar dele", disse. "Essa é a verdade verdadeira."
Fonte: Economico
Etiquetas:
Polémicas
Subscrever:
Mensagens (Atom)