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sexta-feira, 23 de outubro de 2009

As dez prioridades do novo ministro da Economia

Evitar a subida do desemprego e diversificar as exportações são desafios do novo ministro.

Vieira da Silva passou de uma trincheira para outra. É certo que já não terá de lidar directamente com a escalada dos números do desemprego. Mas em tempo de crise, é como se tivesse subido na cadeia de produção de desempregados. Agora terá de enfrentar o problema a montante, junto das empresas, em vez de lidar com os efeitos a jusante. Este será o principal desafio a enfrentar, mas há pelo menos mais nove.

1. Despedimentos colectivos
Na quarta-feira, a Delphi anunciou o despedimento colectivo de 500 pessoas em Portugal. Mas a fabricante de cablagens automóveis não foi a única empresa a despedir funcionários nos últimos meses. Segundo a Direcção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho, o número de despedimentos colectivos nos primeiros nove meses do ano aumentou 39% face ao mesmo período de 2008. De acordo com a mesma entidade, no mesmo período foram iniciados processos de despedimento colectivo em 264 empresas, visando o despedimento de 3.828 pessoas.

2. Resolver o problema da qimonda
O dossier da emblemática fábrica de Vila do Conde, que já foi a principal exportadora nacional, vai passar agora para a alçada do novo ministro da Economia. Vieira da Silva terá de prosseguir os esforços levados a cabo durante o último ano, especialmente durante o mandato de Manuel Pinho, de forma a impedir que o ‘know-how', a tecnologia e os postos de trabalho da empresa não desapareçam de Portugal para sempre.

3. Inverter o colapso das exportações
Em Setembro do ano passado as exportações ainda estavam a crescer 4%. A crise mostrou que era sol de pouca dura e que Portugal não ficaria imune ao maior tumulto económico desde a Segunda Guerra Mundial. Uns meses depois, em Fevereiro, a quebra nas exportações portuguesas atingiu os 30%. Desde então o ritmo das perdas tem vindo a diminuir, mas continua acima dos dois dígitos: em Agosto as exportações diminuíram 15,4%. Dar condições às empresas para voltar a exportar será um dos objectivos do novo ministro.

4. Diversificar mercados e produtos
A economia precisa de ganhar mais resistências. Embora as empresas tenham feito já algum esforço de diversificação de mercados e de produtos, ao mesmo tempo que tentam aumentar a sua competitividade, os factos mostram que os resultados são ainda insuficientes. A União Europeia, com Espanha à cabeça, continua a desempenhar um papel fundamental, absorvendo 72,2% do total dos bens e serviços expedidos. Os emergentes são um bom mercado de refúgio, como Angola tem mostrado, mas não chega.

5. Combater o défice da balança comercial
Nos últimos meses, a crise tem dado uma espécie de falsa ajuda ao défice da balança comercial. Como a crise refreou o consumo interno, as importações estão a cair mais do que as exportações, levando a uma contracção do défice. Contudo, assim que a economia recuperar, é de esperar que as importações voltem a crescer, alimentando o desequilíbrio comercial. Para contrariar de forma sustentável o problema é preciso que as empresas portuguesas se tornem mais produtivas.

6. Aumentar a eficiência energética
As energias renováveis têm sido uma aposta de José Sócrates e é de esperar que o novo ministro da Economia queira continuar o desafio. O objectivo é aumentar a eficiência e reduzir o défice energético, substituindo as importações.

7. Manter e atrair investimento directo estrangeiro
A manutenção do actual nível de Investimento Directo Estrangeiro (IDE) e a atracção de novos investimentos serão prioridades do novo ministro. O caso da Autoeuropa, cuja permanência em Portugal durante a próxima década está dependente da vinda de um novo modelo para a fábrica de Palmela, é um dos casos mais emblemáticos de IDE a preservar.

8. Amparar o sector do turismo
A crise ditou um ano mau no turismo, com quedas acentuadas no volume de negócios do sector. É preciso amparar as empresas saudáveis e preparar o terreno para as dificuldades que se adivinham: a libra tem vindo a perder valor face ao euro, arrastada pelo mau desempenho do dólar. É de esperar que os turistas ingleses, que alimentam muitos dos hotéis portugueses, continuem a cortar nas férias para países da zona euro, onde a moeda está cara.

9. Resolver desequilíbrios no comércio interno
As regras do consumo, os licenciamentos dos centros comerciais e o equilíbrio face ao comércio tradicional são problemas com que Vieira da Silva também terá de lidar. Um dos desafios será amparar algum excesso de capacidade instalada no sector dos serviços, que se revela problemática em tempo de crise.

10. Simplificar e reduzir custos de contexto
É um trabalho que já tem vindo a ser desenvolvido, sob tutela da Presidência do Conselho de Ministros, mas para o qual a pasta da Economia deverá contribuir. Uma das batalhas que ainda é preciso vencer é simplificação dos processos de licenciamento, reduzindo a papelada e os tempos de espera.

Fonte: Economico

Santander acusado de "conhecer" Madoff desde 2002

O banco Santander está a ser acusado nos EUA de não ter tomado medidas para proteger os seus clientes de Madoff, depois de terem surgido, em 2002, alguns sinais de gestão fraudulenta.

Em reuniões realizadas com Madoff nos dias 18 e 19 de Setembro de 2002, representantes do Santander e da sua unidade Optimal Investment Services “pediram ao financeiro para que este desse a custódia dos seus fundos a uma terceira parte, mas Madoff recusou”, revela um grupo de investidores no documento do processo que estão a mover contra o Santander, citado pela Bloomberg.

A atitude de Madoff em não dar a custódia dos fundos a terceiros era diferente do que é habitual no sector, mas apesar disso os representantes espanhóis meramente ajustaram os prospectos os dois fundos da Optimal que tinham investido junto do gestor fraudulento para dizer que exista a “possibilidade”, ou “o risco”, de que este poderia fugir com o dinheiro.

“Em vez de retirar os fundos, o Santander e a Optimal não tomaram qualquer acção para proteger os investidores, ou para verificar se os activos da Optimal Funds ainda existiam”, lamentam os lesados.

O Santander perdeu cerca de 3,2 mil milhões de dólares (2,12 mil milhões de euros) na fraude de Madoff, notando os investidores que o falhanço do banco foi ampliado pelo facto de que, durante 12 anos, a instituição não tentou contactar os auditores de Madoff nem outras entidades para verificar a veracidade das negociações do gestor.

“Revelar apenas a alegada ‘possibilidade’ de que o dinheiro seja roubado não exonera o Santander de levar a cabo os procedimentos mínimos necessários para garantir que tal não ocorra”, dizem os accionistas no documento do processo.

Fonte: Economico

Euribor a seis meses desce abaixo dos 1,02%

As maturidades europeias registaram hoje uma evolução mista, com o prazo mais usado nos créditos à habitação em Portugal a descer pela segunda sessão consecutiva.
A taxa a seis meses, a mais usada nos créditos à habitação em Portugal, desceu para 1,019%.
Já a maturidade a três meses, a mais usada nos empréstimos às empresas, recuou para 0,730%, enquanto a Euribor a doze meses subiu pela primeira vez em quatro sessões e passou para os 1,254%.
As Euribor costumam seguir a taxa de juro de referência do Banco Central Europeu (BCE) e influenciam directamente a prestação da casa das famílias e o custo dos empréstimos dos bancos às empresas.
Ontem, o membro do conselho do BCE Axel Weber afirmou que não espera que a zona euro volte a entrar em recessão num futuro próximo.


Fonte: Economico

Euro mantém-se nos 1,50 dólares à espera de indicadores

A moeda única está em queda ligeira face à divisa norte-americana, mas ainda acima dos 1,50 dólares, com os investidores a aguardar pelos dados macroeconómicos que serão hoje divulgados.

Às 8h16, o euro era negociado nos mercados cambiais a 1,5014 dólares, contra 1,5032 dólares na quinta-feira e depois de ter variado entre os 1,4991 e os 1,5061 dólares durante a madrugada, sendo este último valor um máximo do ano.

Os especialistas notam que os mercados estão à espera dos números dos gestores de compras na zona euro e da confiança dos investidores alemães, os quais permitirão analisar a força da recuperação económica europeia.

A libra esterlina mantém-se inalterada, pouco antes de serem conhecidos os números do PIB do Reino Unido, que deverão mostrar que este país saiu da recessão no terceiro trimeste.

Fonte: Economico

Petróleo sobe há quatro semanas com retoma nos EUA

Os preços do petróleo estão em alta nos 80 dólares, prestes a registar a quarta semana consecutiva de subidas, graças às expectativas de uma recuperação do consumo nos Estados Unidos.

Às 7h30, o barril de ‘brent’ (petróleo de referência para as importações portuguesas) para entrega em Novembro subia 0,47 dólares para os 79,98 dólares em Londres, enquanto que à mesma hora o contrato de Novembro do West Texas Intermediate (petróleo de referência nos Estados Unidos) avançava 0,35 dólares para 81,54 dólares em Nova Iorque.

Esta semana, os preços do crude acumulam ganhos de 4%, beneficiando da subida das bolsas, causada pelos resultados acima do esperado divulgados pelas empresas, os quais aumentaram a especulação de que a recessão terá acabado e que os Estados Unidos vão regressar ao forte consumo de combustível existente antes da crise.

“Relativamente à retoma económica, damos três passos em frente, e um atrás. É uma recuperação com percalços, mas o pior já acabou. A maior recuperação é nas áreas que se dedicam às exportações para a China. A tendência do petróleo é de continuar a subir”, disse à Bloomberg Gordon Kwan, director de pesquisa energética regional da Mirae Asset Securities.

Fonte: Economico

Ouro tem de subir mais 117% para atingir máximo histórico real


Em valores ajustados à inflação, o ouro está ainda 50% abaixo do atingido no ‘rally’ de 1980.
O ouro batia na semana passada o valor mais alto de sempre, nos 1.072 dólares a onça. Mas, apesar do valor recorde, o metal está ainda cerca de 53% abaixo do seu máximo histórico real. Como se explica o raciocínio? Pelo efeito da inflação, que mostra que, apesar das recentes subidas, o ouro já esteve bem mais caro.
No início de 1980 o preço do ouro atingia o pico nos 873 dólares a onça, depois de escalar mais de 100% em menos de dois meses. Desde então, o preço do metal precioso ganhou apenas 21%, enquanto os preços no consumidor mais que triplicaram. Ou seja, os 873 dólares de 1980 correspondem hoje a 2.287 dólares em valores ajustados à inflação.

Isto significa que o ouro vai continuar a subir?
Embora esteja ainda muito abaixo do seu máximo histórico real nada indica que o ouro venha a atingir esses valores tão cedo.


Fonte: Economico