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sábado, 10 de outubro de 2009

Portugal volta a Wall Street um ano após falência da Lehman

Um ano depois de Cavaco Silva ter participado na cerimónia do ‘opening Bell' na bolsa de Nova Iorque, Portugal voltou esta semana a subir ao 'podium bell' da maior bolsa do mundo para tocar o sino de fecho.
Há um ano Cavaco Silva participava na cerimónia do ‘opening Bell' na New York Stock Exchange. Na altura, a presença da comitiva portuguesa passou quase despercebida já que os ‘traders' estavam a viver um autêntico pesadelo, escassos dias depois da falência da Lehman Brothers.
Esta semana, Portugal voltou a subir ao ‘podium bell' da maior bolsa o mundo para tocar o sino de fecho, que marca o fim da negociação. Doze meses volvidos desde o último ‘Portuguese Day' muita coisa mudou em Wall Street e a subida das bolsas este ano (10% a 30%) tornou o ambiente bastante mais desanuviado.
O que não mudou foram as restritivas medidas de segurança para se poder ter acesso ao ‘trading floor'. A ‘Broad Street' continua barrada ao trânsito e para se conseguir entrar na bolsa, mesmo sendo convidado, é preciso passar por uma apertada malha de segurança: telemóveis, I-Pods, ‘Black Berry' e objectos pessoais são passados a raio-x e os visitantes têm de ser cadastrados, fotografados e escoltados por agentes da NYPD.
Aqueles que não cumpram o ‘dress code' também ficam à porta. Lá dentro já se nota o sinal dos tempos: vários cartazes a mostrar aos ‘traders' os procedimentos para evitar o contágio do vírus N1H1 e em todas as esquinas encontramos o famoso gel desinfectante.
Chegados ao ‘pit', tudo como dantes. Milhares de monitores coloridos capazes de fazer inveja ao maior dos casinos do mundo. Mas ao contrário do que acontecia há um ano, em que os ‘dealers' se acotovelavam para ver quem era o primeiro a vender para estancar as perdas, esta semana as cores verdes nos monitores eram o sinal evidente de que o pior ficou para trás.
A comitiva portuguesa é recebida com muitos sorrisos e os ‘brokers', à conversa com os jornalistas, mostram-se optimistas. É o caso de Alan Valdes da Kabrik Trading que afirma que "o mercado [Dow Jones] vai chegar aos 10 mil pontos. Está nos 9.700 e penso que vai ganhar mais uns 300 pontos. Provavelmente vamos ver ainda algumas correcções, mas no geral irá subir dada a elevada liquidez que está fora dos mercados". Michael J. Sollitto, ‘market maker' do Bank of America, é mais cauteloso: "o mercado está a evoluir com euforia, em forma de V, mas o grande receio dos ‘traders' é que a economia faça o ‘double dip' por causa do desemprego".
Às 16h00 locais, José Maria Ricciardi do BESI toca o sino que indica o fim da negociação. Seguem-se as palmas e os sorrisos dos ‘traders' que vão para casa um pouco mais ricos já que o Dow Jones voltou a subir mais 0,63%.

Fonte: Economico

PSI 20 contraria Europa e fecha em máximos de 13 meses

A bolsa nacional conseguiu escapar às quedas que se fizeram sentir nas praças europeias e terminou a última sessão da semana em alta ligeira graças aos ganhos da Galp e do BES.

O PSI 20 fechou hoje a avançar 0,05% para 8.749,85 pontos, o nível mais elevado desde 3 de Setembro de 2008, e o melhor desempenho entre os índices europeus que hoje terminaram 'no vermelho'.
Em Lisboa, os títulos da Galp sustentaram os ganhos do índice nacional, ao valorizar 0,96% para 12,07 euros, acompanhando a subida dos preços do petróleo, que avançam há duas sessões consecutivas, com a melhoria das previsões da AIE para o consumo mundial de crude em 2009 e 20109
No mesmo sector a EDP cresceu 0,09% para 3,20 euros e a sua subsidiária Renováveis subiu 0,19% para 7,49 euros.
Também o BES contribuiu para o desempenho positivo do índice nacional, ao fechar em alta de 0,87% para 5,22 euros, enquanto o BPI progrediu 0,41% para 2,44 euros. O BCP foi o único a contrariar esta tendência, tendo perdido 1,07% para 1,01 euros.
O melhor desempenho pertenceu à Sonae Indústria, que disparou 4,2% para 2,67 euros, a cotação máxima em cinco meses. Já a casa-mãe, Sonae SGPS, registou uma valorização de 0,74% para 0,95 euros.
É ainda de salientar o desempenho da Mota Engil, que fechou a subir 0,98% para 4,32 euros, depois de ter tocado em máximos de 16 meses durante a sessão, perante as boas perspectivas para a empresa. Com o desempenho de hoje, a construtora liderada por Jorge Coelho soma uma valorização de 15,8% esta semana, o que representa o seu melhor desempenho semanal em cinco meses.
A travar os ganhos estivem as acções da Portugal Telecom, que perderam 0,58% para 7,71 euros.
Dos vinte títulos que compõem o PSI 20, doze fecharam a subir, enquanto sete desceram de cotação. A Sonaecom fechou inalterada nos 2,03 euros.
O títulos mais negociado esta sexta-feira foi o do BCP, com 18,7 milhões de acções transaccionadas, seguido da EDP e Sonae, com 13,5 e 5 milhões de papéis movimentados, respectivamente. O volume total de negócios ascendeu hoje a 157,5 milhões de euros.

Fonte: Economico

Athayde Marques - "O pior já passou para as bolsas"

O presidente da Euronex Lisbon, em declarações aos jornalistas em Nova Iorque, diz acreditar que o pior para as bolsas já passou, mas alerta para os perigos de uma recaída na economia.

Esta semana, comemorou-se o dia de Portugal na New York Stock Exchange. Em Wall Street, na fachada da maior bolsa do mundo, por debaixo da bandeira norte-americana, estava colocada uma grande faixa com a Torre de Belém.
A tocar o sino de fecho, que marca o fim da negociação em Wall Street, esteve José Maria Ricciardi presidente do BESI.
Na cerimónia do ‘closing bell' também estiveram presentes o embaixador de Portugal João de Vallera e o presidente da Euronext Lisboa, Miguel Athayde Marques.
Athayde Marques, em declarações aos jornalistas após a cerimónia do ‘closing bell' disse que a bolsa portuguesa "está a crescer mais do que a média europeia", estando a compensar o factor "de no ano passado ter caído mais do que as outras bolsas" e recorda o facto do PSI 20, desde que bateu no fundo a 9 de Março, já ter subido mais de 50%.
Apesar da dimensão da subida, o presidente da Euronext Lisboa continua optimista, mas deixa um alerta: "estamos em recuperação, mas a economia pode ter uma recaída".
"O pior já passou. Estamos a iniciar a nossa recuperação, mas o estado da economia é muito débil. Qualquer acidente pode provocar uma recaída".
Miguel Athayde Marques acrescenta ainda que "vai demorar trimestres" até que consigamos debelar a crise, mas deixa um alerta: "enquanto não resolvermos o problema do desemprego, não vamos recuperar".
Em relação à entrada de novas empresas em bolsa, o responsável diz que "vai haver PME a entrar para a bolsa", não especificando, no entanto, para quando são esperadas as estreias.

Fonte: Economico