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terça-feira, 27 de outubro de 2009

Gripe A: homem morreu 12 horas depois de ser vacinado


A agência sueca do medicamento está a investigar a morte de um homem doze horas depois de ter sido vacinado contra a gripe A, apesar de até agora não ter sido estabelecida uma relação causa-efeito, diz a Lusa.

Gripe A já matou cinco mil pessoas

Num primeiro relatório publicado no seu site na Internet sobre as reacções adversas da vacina Pandemrix (GSK) registadas na Suécia, a agência do medicamento refere cerca de 100 casos, dos quais seis avaliados como graves, um dos quais resultou numa morte. O homem padecia de aterosclerose grave, o que lhe provocava sérios problemas no funcionamento dos órgãos.A vítima sofreu uma dor de peito antes de morrer.


A autópsia revelou que o homem tinha aterosclerose generalizada, incluindo nas artérias coronárias e sinais de vários enfartes do miocárdio sofridos anteriormente.

O caso está a ser investigado, mas de acordo com as informações recolhidas até agora pela agência sueca não há uma associação entre a vacinação e a causa de morte.
Esta entidade conclui que, em geral, os idosos e os doentes com factores de risco têm um risco acrescido de desenvolver complicações da sua doença, o que pode ser ocasionalmente associado à vacinação, sem que haja uma relação de causalidade provada.

DGS critica receio dos enfermeiros em serem vacinados
Os restantes cinco casos relatados, em que a ligação com a vacina é considerada possível ou provável, prendem-se com sintomas como tonturas e comichões, pressão no peito, dificuldades respiratórias e inchaço na face ou nos pés. Todos estes doentes tiveram tratamento no hospital com cortisona e ou adrenalina e anti-histamínicos.
Na Suécia foram distribuídas mais de 500 mil doses, mas ainda não foram contabilizadas as que foram administradas desde que começou a campanha de vacinação, a 16 de Outubro.
Os primeiros grupos a serem vacinados são os profissionais de saúde, idosos (que não estão incluídos nos grupos prioritários de vacinação em Portugal), doentes crónicos e mulheres grávidas.
Contactado pela Lusa, o porta-voz da autoridade nacional do medicamento portuguesa, Carlos Pires, informou que até ao momento o Infarmed não recebeu qualquer notificação deste caso.
Por seu turno, a directora de comunicação da Glaxo SmithKline, que produz a vacina Pandemrix, confirmou à Lusa este caso, sublinhando que o laboratório, em colaboração com as autoridades de saúde suecas, está a «monotorizar toda a evolução da vacinação».
A vacina Pandermix vai começar a ser administrada em Portugal na segunda-feira, sendo os grupos prioritários os profissionais de saúde, profissionais que desempenham funções essenciais ao normal funcionamento da sociedade e grávidas do segundo e terceiro trimestres de gestação com patologias associadas.


Por ca os enfermeiros da Linha de Saúde 24 recusam a vacina


A maioria dos enfermeiros que trabalha na Linha de Saúde 24, em Lisboa, recusa ser vacinada contra a Gripe A, por considerar que a vacina não foi suficientemente testada, apesar de as autoridades garantirem a sua qualidade, noticia a «TSF».

O pessoal de saúde integra o grupo prioritário para receber a vacina, mas a maior parte destes mais de 200 enfermeiros não quer.
A Direcção-geral de Saúde refere que a vacina contra o H1N1 é eficaz e segura.
Os grupos prioritários começam a receber a vacina, a partir da próxima segunda-feira.

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