O banco Santander está a ser acusado nos EUA de não ter tomado medidas para proteger os seus clientes de Madoff, depois de terem surgido, em 2002, alguns sinais de gestão fraudulenta.
Em reuniões realizadas com Madoff nos dias 18 e 19 de Setembro de 2002, representantes do Santander e da sua unidade Optimal Investment Services “pediram ao financeiro para que este desse a custódia dos seus fundos a uma terceira parte, mas Madoff recusou”, revela um grupo de investidores no documento do processo que estão a mover contra o Santander, citado pela Bloomberg.
A atitude de Madoff em não dar a custódia dos fundos a terceiros era diferente do que é habitual no sector, mas apesar disso os representantes espanhóis meramente ajustaram os prospectos os dois fundos da Optimal que tinham investido junto do gestor fraudulento para dizer que exista a “possibilidade”, ou “o risco”, de que este poderia fugir com o dinheiro.
“Em vez de retirar os fundos, o Santander e a Optimal não tomaram qualquer acção para proteger os investidores, ou para verificar se os activos da Optimal Funds ainda existiam”, lamentam os lesados.
O Santander perdeu cerca de 3,2 mil milhões de dólares (2,12 mil milhões de euros) na fraude de Madoff, notando os investidores que o falhanço do banco foi ampliado pelo facto de que, durante 12 anos, a instituição não tentou contactar os auditores de Madoff nem outras entidades para verificar a veracidade das negociações do gestor.
“Revelar apenas a alegada ‘possibilidade’ de que o dinheiro seja roubado não exonera o Santander de levar a cabo os procedimentos mínimos necessários para garantir que tal não ocorra”, dizem os accionistas no documento do processo.
Fonte: Economico
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
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