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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Como os ricos fazem crescer as suas fortunas

Mesmo em tempos de crise é possível fazer crescer fortunas? A gestão das carteiras de investimento de clientes com elevado património sofreu ajustes para fazer face à crise, mas a resposta é sim.

Segundo o director coordenador do departamento de Private Banking do BES, Lourenço Vieira da Silva, basta "investir em activos com maior potencial de valorização, respeitando os limites individuais de exposição ao risco". Outro factor que faz o dinheiro crescer é "a diversificação dos activos, pois contribui para a diminuição desses mesmos riscos", esclarece.
Esta opinião é corroborada pelo Millennium bcp. Fonte daquele banco garante que "uma carteira bem diversificada, composta por produtos que decorram de uma correcta selecção de activos, tenderá a proporcionar uma taxa de rentabilidade superior às taxas oferecidas por produtos financeiros sem risco, ou por carteiras não diversificadas".
Mas a escolha está sempre dependente "do perfil de risco do investidor e do nível de equilíbrio entre a rentabilidade pretendida e o risco inerente", diz a mesma fonte, pelo que "a gestão de activos tem sempre presente um binómio rentabilidade-risco, que os clientes deverão procurar que seja gerido de forma prudente e eficaz", esclarece.
Uma crise geralmente traduz-se em perdas, de maior ou menor expressão, para a grande maioria dos investidores. Por isso, num cenário de grande incerteza, "a generalidade dos investidores tomam decisões de investimento com vista à preservação do seu património", diz fonte do Millennium bcp ligada ao sector.
"É notória uma tendência de refúgio em activos de baixo risco, ou seja, menos expostos à volatilidade do mercado", informa a mesma fonte que, porém, ressalva haver sempre investidores que continuam a arriscar. No fundo, "os clientes continuam a tomar decisões de investimento". Não deixam é "de demonstrar preocupação com a manutenção do valor do seu património no longo prazo", esclarece a mesma fonte, que confirma ser o perfil de risco do investidor "que determinará a natureza dos activos e respectiva percentagem a alocar".
A actividade de Private Banking tem uma forte correlação com o crescimento da economia. É neste ambiente que os activos se valorizam e existe uma maior geração de riqueza. É por isso normal que se tenha assistido, durante a crise, "a uma forte contracção, com reflexos no valor dos patrimónios de todos e por maioria de razão nos mais elevados", explica Lourenço Vieira da Silva, director coordenador do departamento de Private Banking do BES.
O pior da crise parece estar a passar e esta progressiva normalização económica tem produzido, segundo o responsável, "efeitos positivos na valorização dos activos".
Se em determinada altura houve uma maior preocupação em preservar os capitais, evitando produtos de risco mais elevado, agora a tendência é de se voltar a arriscar mais. Pelo menos é esta a tendência seguida pelo departamento de Private Banking do BES.
Essencialmente, neste momento, e de acordo com Lourenço Vieira da Silva, "a maior diferença sentida antes da crise e hoje tem a ver com a incerteza quanto ao melhor ‘timing' para efectuar os investimentos". A questão de se correr mais ou menos riscos nos investimentos "tem a ver com o perfil de risco de cada cliente", adianta, frisando que uma das preocupações do BES durante a crise foi "o acompanhamento mais assíduo dos clientes, procurando esclarecê-los sobre os seus investimentos".


Fonte: Economico

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