Um ano depois de Cavaco Silva ter participado na cerimónia do ‘opening Bell' na bolsa de Nova Iorque, Portugal voltou esta semana a subir ao 'podium bell' da maior bolsa do mundo para tocar o sino de fecho.
Há um ano Cavaco Silva participava na cerimónia do ‘opening Bell' na New York Stock Exchange. Na altura, a presença da comitiva portuguesa passou quase despercebida já que os ‘traders' estavam a viver um autêntico pesadelo, escassos dias depois da falência da Lehman Brothers.
Esta semana, Portugal voltou a subir ao ‘podium bell' da maior bolsa o mundo para tocar o sino de fecho, que marca o fim da negociação. Doze meses volvidos desde o último ‘Portuguese Day' muita coisa mudou em Wall Street e a subida das bolsas este ano (10% a 30%) tornou o ambiente bastante mais desanuviado.
O que não mudou foram as restritivas medidas de segurança para se poder ter acesso ao ‘trading floor'. A ‘Broad Street' continua barrada ao trânsito e para se conseguir entrar na bolsa, mesmo sendo convidado, é preciso passar por uma apertada malha de segurança: telemóveis, I-Pods, ‘Black Berry' e objectos pessoais são passados a raio-x e os visitantes têm de ser cadastrados, fotografados e escoltados por agentes da NYPD.
Aqueles que não cumpram o ‘dress code' também ficam à porta. Lá dentro já se nota o sinal dos tempos: vários cartazes a mostrar aos ‘traders' os procedimentos para evitar o contágio do vírus N1H1 e em todas as esquinas encontramos o famoso gel desinfectante.
Chegados ao ‘pit', tudo como dantes. Milhares de monitores coloridos capazes de fazer inveja ao maior dos casinos do mundo. Mas ao contrário do que acontecia há um ano, em que os ‘dealers' se acotovelavam para ver quem era o primeiro a vender para estancar as perdas, esta semana as cores verdes nos monitores eram o sinal evidente de que o pior ficou para trás.
A comitiva portuguesa é recebida com muitos sorrisos e os ‘brokers', à conversa com os jornalistas, mostram-se optimistas. É o caso de Alan Valdes da Kabrik Trading que afirma que "o mercado [Dow Jones] vai chegar aos 10 mil pontos. Está nos 9.700 e penso que vai ganhar mais uns 300 pontos. Provavelmente vamos ver ainda algumas correcções, mas no geral irá subir dada a elevada liquidez que está fora dos mercados". Michael J. Sollitto, ‘market maker' do Bank of America, é mais cauteloso: "o mercado está a evoluir com euforia, em forma de V, mas o grande receio dos ‘traders' é que a economia faça o ‘double dip' por causa do desemprego".
Às 16h00 locais, José Maria Ricciardi do BESI toca o sino que indica o fim da negociação. Seguem-se as palmas e os sorrisos dos ‘traders' que vão para casa um pouco mais ricos já que o Dow Jones voltou a subir mais 0,63%.
Fonte: Economico
sábado, 10 de outubro de 2009
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