Os efeitos secundários da vacina da gripe A, administrada a partir de amanhã em Portugal, apenas serão detectados após “utilização em larga escala”, segundo o Infarmed.
A vacina contra a gripe A começa a ser administrada a partir de segunda-feira em Portugal. Trata-se da Pandemrix, do laboratório GlaxoSmithKline, uma das três que, por decisão da Comissão Europeia, têm Autorização de Introdução no Mercado na União Europeia (UE).
O Infarmed adverte que, neste caso, como em todos os medicamentos, "podem ocorrer reacções adversas raras que apenas poderão ser detectadas a partir do momento em que as vacinas passam a ser utilizadas em larga escala".
Por esta razão, foi pedido aos fabricantes das vacinas a implementação de planos para investigar activamente e monitorizar a sua segurança logo que sejam utilizadas em toda a UE, para que, precocemente, possam ser tomadas medidas caso surja algum problema de segurança.
Como foram criadas as vacinas da gripe A
De acordo com o Infarmed, estas vacinas foram "preparadas previamente a esta pandemia, utilizando uma estirpe de vírus influenza diferente, antes de ser conhecida a estirpe responsável".
"Foi utilizada uma estirpe de vírus influenza H5N1, que também pode causar pandemia e à qual ninguém teria ainda sido exposto", explica a autoridade que regula o sector do medicamento.
Após o início da actual pandemia, e uma vez identificada a nova estirpe de vírus A (H1N1) pela Organização Mundial de Saúde (OMS), "foi possível aos fabricantes converterem as versões iniciais das vacinas em vacinas pandémicas finais, através da substituição da estirpe H5N1 pela estirpe H1N1".
"Décadas de experiência com as vacinas da gripe sazonal indicam que a inserção de uma nova estirpe na vacina não altera significativamente a segurança ou o nível de protecção conferido", garante o Infarmed.
O instituto prossegue que "a autorização destas duas vacinas foi baseada em informação sobre a qualidade.
Gripe sazonal: 39 reacções em três anos
Os dados do Infarmed, citados pela "Lusa", revelam que foram registadas 39 reacções adversas às vacinas contra a gripe sazonal nos últimos três anos.
Estas reacções adversas, notificadas pelo Sistema de Farmacovigilância, foram, na generalidade, as "esperadas" e encontram-se descritas no resumo de características e no folheto informativo dos medicamentos.
Em Portugal, são comercializadas na época 2009/2010 sete vacinas contra a gripe sazonal: Chiroflu, Fluad, Fluarix, Inflexal V, Influvac, Istivac e Istivac Infantil.
Fonte: Economico
domingo, 25 de outubro de 2009
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