A nova versão do Windows, disponível já a partir de amanhã vem rivalizar com a Google e a Apple. Windows7 é a grande esperança de Bill Gates.
O lançamento de uma nova versão do Windows, o principal produto da maior empresa de software do mundo, é sempre um acontecimento marcante neste sector. Na passada quinta-feira foi apresentado o Windows 7, considerado o mais importante de todos.
Esta nova versão surge numa altura em que a Microsoft procura reformular alguns dos seus produtos, como o browser da Internet, o software de telemóveis e o motor de busca da Internet, no sentido de recuperar o terreno perdido para os rivais Google e Apple.
Neste momento, o grupo de Bill Gates enfrenta o que seria impensável há algum tempo atrás: concorrência ao sistema operativo para PC, face à promessa da Google de lançar em meados de 2010 o seu próprio software para ‘notebooks', a única área da industria informática que prosperou durante a recessão. "Se funcionar, e nós acreditamos que vai funcionar, é uma forma muito distinta de fazer informática de secretária", referiu na semana passada Eric Schmidt, director executivo do Google. No seguimento do fracasso do Windows Vista, é crucial para a Microsoft que o Windows 7 tenha sucesso.
O director executivo da Microsoft, Steve Ballmer, recusa aceitar que a empresa tenha ficado para trás na inovação, embora outros executivos considerem que o seu software móvel e browser precisem de reformulação. "As estrelas poderão estar alinhadas em termos de quando é que está tudo disponível, mas não estou de forma alguma arrependido", acrescenta. "Temos estado a fazer um óptimo trabalho nos últimos anos".
Apesar do sector tecnológico procurar outros mundos para além do PC, há mais de uma década, o computador pessoal continua a ser um dos motores do sector.
No caso da Microsoft, o sistema operativo para PC representa 42% dos seus ganhos, não obstante ter passado de um terço das suas receitas para um quarto desde 2002. Uma grande fatia da indústria tecnológica, desde os fabricantes de hardware aos produtores de software, contam com o Windows 7 para recuperar as perdas do ano passado.
Se o burburinho anterior ao seu lançamento fosse o decisor, a Microsoft teria ganho esta batalha. O software tem sido alvo de críticas favoráveis, embora os seus efeitos mais abrangentes sejam difíceis de julgar. "Será que vai ajudar a galvanizar o ecossistema [PC] no seu todo? É pouco provável", refere Steve Ballmer.
Os clientes empresariais, que representam a fatia de leão da venda de PCs, suspenderam os ‘upgrades' no decurso da recessão. Tendo em conta que muitas empresas apenas mudam de sistema operativo, quando adquirem ou alugam novo hardware, isso poderá abrandar a mudança para o Windows 7. "Não é uma prioridade de topo - as pessoas não estão desejosas de adquirir novos PCs", salienta David Smith, um analista da Gartner, a empresa de pesquisa no sector tecnológico.
Aliás, o facto de relativamente poucas empresas terem substituído o Windows XP pelo Vista é uma razão porque muitas empresas irão provavelmente passar directamente para o Windows 7, mesmo que não seja no imediato.
Os directores informáticos empresariais, como Mario Leone, da Ingram Miero, uma empresa com 13.000 funcionários, referem que o velho XP está a chegar ao fim do seu ciclo de vida. "Amortizámos este sistema operativo até ao máximo que era possível". Além disso, acrescenta que o lançamento de novas versões de outros softwares da Microsoft, como o Office e as ferramentas de colaboração Sharepoint, é uma boa razão para mudar para um novo sistema operativo que as possa suportar.
Os executivos do sector dos PCs argumentam que existe uma resposta positiva por parte dos clientes. "Fui apanhado de surpresa com a rapidez com que mostraram interesse", afirma Kevin Hanes, responsável pelo negócio de consultoria da Dell.
A razão mais convincente, acrescenta, é que a Microsoft vai acabar brevemente com o serviço de apoio ao Windows XP. À imagem de outros, refere, isso vai deixar pouca margem de manobra às grandes empresas que não seja actualizar o sistema operativo nos próximos anos.
A mudança nos próximos tempos para o Windows 7 não garante um aumento súbito na venda de novos PCs. "O plano de migração estará interligado com o seu ciclo normal de substituição de PCs", diz Phil McKinney, director tecnológico no grupo da Hewlett-Packard, sugerindo que os efeitos vão se fazer sentir ao longo de vários anos.
A procura dos consumidores pode representar uma recuperação mais imediata na venda de PCs, embora relativamente menos intensa, através dos novos ecrãs táctil - um dos aspectos principais que o sector espera que venha a captar o interesse dos compradores.
Fonte: Economico
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
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