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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

“A liderança do Windows 7 não está para muito longe”

Cláudia Goya, directora-geral da Microsoft, garante, em entrevista ao Diário Económico, que o novo Windows 7, que chega hoje ao mercado português, vai ser um sucesso.

Na primeira entrevista depois de assumir a liderança da Microsoft Portugal, Cláudia Goya reafirma a importância de Portugal para o grupo, que poderá fazer novos investimentos, quer com aquisições quer com a abertura de novos centros de investigação.

Como recebeu a notícia de que iria liderar a Microsoft Portugal?
É um enorme privilégio, mas também uma enorme responsabilidade. Tenho consciência dos desafios que estão pela frente, mas conheço a equipa que estou a liderar e isso faz-me olhar com optimismo para o futuro. A Microsoft Portugal é uma subsidiária com um ‘track record' muito elevado e manter o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido é um dos objectivos.

Substituiu Nuno Duarte, que assumiu o cargo de director-geral de negócio da Microsoft Japão. Qual a sua ambição?
Obviamente que estando numa multinacional, os desafios fora são uma realidade e estou certamente aberta a eles, mas no seu devido tempo. Neste momento estou completamente focada em Portugal.

Em ano de crise, como está a correr o negócio da Microsoft Portugal?
O mercado de ‘software' continua a apresentar crescimentos e, portanto, é natural que a Microsoft continue a crescer. Estamos, inclusive, a liderar esse crescimento.

Fecharam 2008 com receitas de 262 milhões. E este ano?
Estamos a projectar continuar a crescer, mas dentro de um enquadramento de abrandamento. O mercado de ‘software' em Portugal deve crescer, em média, 4,4% ao longo dos próximos quatro anos e a Microsoft quer ultrapassar este valor.

A dois dígitos?
É capaz de ser muito agressivo. A IDC diz que a Microsoft e os seus parceiros vão investir 526 milhões de euros até 2013.


Qual a fatia da Microsoft?
Este é um investimento conjunto de quatro mil parceiros com quem a Microsoft está a trabalhar. Tem que ver com investimentos destas empresas a desenvolver novas soluções e recursos.

Focando na Microsoft, qual o investimento previsto?
Não consigo dar um valor, até porque temos muitas iniciativas que não são quantificadas, como o nosso trabalho no âmbito da responsabilidade social.

Mas vão continuar a apostar em Portugal?
A Microsoft a nível global continua de forma permanente à procura de oportunidades para investir em Portugal. Sem dúvida que Portugal continua no radar.

Isso significa que podem comprar mais empresas em Portugal?
Não tenho o detalhe à data de hoje do que está a ser estudado, mas sei que a Microsoft está de olhos postos no mercado como um todo e vai privilegiando áreas consoante as prioridades do momento. O ano passado surgiu uma oportunidade na área da mobilidade com uma empresa portuguesa [Mobicomp] e isso poderá vir a acontecer no futuro.
Não devemos estranhar se voltarem a comprar em Portugal...
Não devemos estranhar, de todo. Portugal já provou que tem qualidade para pode estar no topo da lista.

O ‘track record' da Microsoft Portugal, em áreas como a mobilidade e conhecimento da fala, pode contribuir para a Microsoft investir em mais centros de investigação em Portugal?
Estamos sempre a olhar para essas oportunidades, sempre que surgir tentaremos trazê-la para o país. A forma como a Microsoft avalia essas possibilidades tem que ver também com os resultados das empresas a nível local, daí ser tão importante estarmos no topo das subsidiárias, porque isso permite trazer mais investimentos.

Algum projecto em concreto?
Temos a Cátedra, um projecto na área da saúde. Poderá ser o embrião de futuros investimentos e é a aposta da Microsoft numa área nova.

Estamos a falar de quê?
De ter uma equipa de investigação que possa contribuir num âmbito específico com trabalho relacionado com a saúde e as tecnologias de informação. É um projecto a três anos que, no final, será avaliado e considerado em termos de prossecução.

Pode ser então o embrião de mais um centro de investigação?
Poderá. Gostávamos de tentar, mas, neste momento, será um bocadinho ambicioso dizer que será esse o destino, mas sem dúvida que as coisas começam assim.

Mais algum projecto em análise?
Estamos muito centrados em termos de trabalho com os novos lançamentos e com dar continuidade a um conjunto de projecto na vertente social.

Fonte: Economico

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